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segunda-feira, 27 de maio de 2013

E se eu parar pra pensar, talvez seja mesmo aqui o meu lugar. Se um passo pra longe, já me deixa sem vontade de seguir, mas também com a consciência de não poder mais voltar. Fico entre dois mundos. Nenhum de fato meu. Congelada num instante onde quero, preciso, desejo ter tudo aquilo que já tive, junto com tudo aquilo que ainda esta por vir.Se em um segundo aquilo que transbordava perfeição se faz tão incerto... Já duvido a tanto de minha lucides, que não a condeno. Em presença ou ausência, não sei diferencia-la.Errante. Andante.É só outra história de maio, se repetindo no livro que eu deixei de escrever. São os ventos frios do passado que eu ainda deixo entrar pela porta. Quero um lugar só meu.Se não, só nosso.O meio termo não me acolhe...E eu já estou cansada de provar o gosto e o efeito da instabilidade. 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

(Admito que a saudade corrói ainda mais quando se trata de alguém cuja existência não é mais considerável.)

Tuas linhas vazias ja me dizem tanto...
Tanto a respeito do que é hoje.
Outrora centenas de linhas preenchidas por inúmeras palavras com sentido, sem sentido...
Como pode a voz revelar tão menos que o silêncio?
Foi la que perdi as ilusões.
E hoje que não escrevo mais para ti,
Peguei meu café e assisti ao dia passar como também passaria para você.
Vi as linhas vazias se preencherem de  perguntas.
E as respostas nunca viriam.
Vi sendo escritas com a tinta da vontade, promessas que eu fiquei de cumprir anunciando-se enfim realizadas.
E por fim, vi as linhas vazias, antes cheias de esperança, se esvaziando ainda mais.
Agora sim, não eram simples linhas vazias.
Eram elas próprias aguardando palavras que nunca chegariam.
Aguardando por toda eternidade, mesmo ciente da ausência eterna daquele que um dia poderia preenche-las.

Tomo cuidado ao manejar aquilo que vou ouvir.
Meia palavra, se não menos que isso...
Uma nota, um breve som, o som dos passos mais mudos, que vem chegando de surpresa... O som dos passos que te trouxeram, que te fazem ir e vir. Aqueles que são donos, hora da tristeza, hora da alegria. Talvez até menos que isso. O breve som da brisa, que levanta uma ou outra folha na calçada gelada de uma noite de outono. Uma lembrança que acaba virando saudade, que faz com que quase sinta seu toque, e que esconde uma distância que me atordoa a todo momento. Apenas isso, ou tudo isso, acaba me levando a sentir. Sentir a falta, e toda sua intensidade.
A voz cansada que não renuncia teu objetivo, mas que clama por uma resposta.
Seriam suficientes os últimos segundos do meu fôlego, para renunciar a um erro passado?

domingo, 12 de maio de 2013

Foi como um sonho.
Você aconteceu, e se foi.
Ensinou, e fugiu.
Amou, e depois errou.
Se arrependeu, e voltou.
Te encontro em qualquer saudade,
Te vejo nas semelhanças,
Te deixo na sua própria paz.

Foi naquele mar onde me perdi.
Nas palavras,
Nos propósitos...
Está tão claro para mim para onde devo seguir.
Mas você não pode deixar que eu te machuque para sempre,
Não pode segurar as velas e apontar o caminho para mim eternamente.
A voz que eu sempre procurei, que canta aquilo que eu não sei dizer...
Ela me chama, ela me acolhe.
E eu quero, mais que tudo, colocar-me em meu lugar.


segunda-feira, 6 de maio de 2013

Insanidade...Vez ou outra ocorre, quando rego com fogo os ramos de uma mente liberta. Faltando me palavras, apenas fecho meus olhos e sigo caminho.
Assuntos que moram em mim mas eu os tranco, os reinvento, faço de tudo para que fiquem lá, guardados sem que possam sequer ver o sol. Eles costumam calar-se quando há outro assunto que preencha a mente. Mas ao esvazia-la, a mente torna-se um cemitério de ideias, um depósito de saudades, um lugar inabitável...E é la que perco minhas noites, que guardo minhas insônias, que gravei seu nome por impulso.
Brisa que vem de longe
Caminhos que estavam escondidos
Um céu inteiro para escrever minhas dúvidas.
Quero tocar-te, porém algo não me permite voar...
Eu escolhi perder minhas asas,
Para ficar aqui.
Eu nunca menti sobre para sempre.
Eu busquei acreditar, e gravei em mim tua presença.
E quando sentia saudade de voar, algo fazia com que eu me lembrasse pelo que lutei.
Por favor, me diga como partir,
Agora que já não tenho mais porque ficar...
Estamos bem,
Estaremos bem,
E para sempre a musica que temos evitado,
Ecoará ao nosso redor.
Surdos, de amor.
Calados, pela dor.
Já não precisas fingir que não vê.