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terça-feira, 15 de maio de 2012


Eu aqui cheia de histórias pra contar...E absolutamente ninguém para ouvi-las.
As páginas surdas do meu livro, embora muito me entendam, ainda são frias, sem vida...Não há um retorno após minha empolgação ou tristeza.
Mas é o que convém, afinal, ainda existem aquelas pessoas que após ouvirem ou lerem minha história, permanecerão tão insignificantemente frias e sem reação quanto folhas de papel.
Madrugada. Silêncio...
Incerteza de onde talvez esteja vindo tais sentimentos, que brincam pulando de um lado para o outro dentro de mim.
As lágrimas já não caem. Presas por barreiras que nem eu mesma tomo conhecimento.
Talvez orgulho...Talvez o resto da minha razão.
Uma necessidade inexplicável de por tudo isso em um papel.
Uma folha em branco.
Talvez tão vazia quando o sentido da razão pela qual estou aqui.
Não vejo com clareza. Nem ouso querer ver.
São nesses momentos de escuridão, cujo meu coração tanto teme...E minha alma tanto agradece.
Momentos de libertação.
Reflexão.
Histórias escondidas querendo saltar para fora de mim, pedindo um ouvinte...Que não foste tão frio quanto você caro leitor, que de nada há de entender nesses trechos que saem de mim com tanta emoção.
Peço perdão por meus olhos fechados, a noite me traz este mal.
Convosco carregará para sempre o peso de minhas palavras....Ou então as esquecerá ao fechar deste livro.
De duas uma. E caso seja a segunda, bom, sugiro que, já que não desconhece seu propósito, abandone meu trabalho, e procure algo mais condizente.

Andante perdido, tal como eu mesma, o que pensa sobre seu caminho?
O meu esta escondido. Marcado com cautela.
Pois nem ao poder máximo ao qual eu devo a minha vida, eu poderia confiar para compartilha-los.
Guardarei tudo para que, ao cair da minha ultima noite em vida, tudo seja esclarecido.
Mas é necessário aproveitar enquanto as memórias ainda são quentes, palpáveis e claras.
Algumas já se perderam, outras me incomodam na ausência do sono...
Algumas sobre família, outras sobre amores, viagens, feitos, segredos que imploram para serem contados...
Memórias que por sí só, não me permitem esquecer.

Mas enfim, continuarei com minha folha de papel.
Que embora fria, sua frieza não me ofende.
Que com seu vazio, me preenche ao me deixar escrever.
Espaço aberto para soltar as lebres, que ofegantes buscam seu lugar.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

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O amor sempre cegou os olhos desatentos do mundo inteiro.
Apenas aqueles preparados, atentos, vividos e portanto sofridos, tem o dom de escapar deste mal, mas apenas depois de já o terem vivido.
Há uma história sendo contada...A qual talvez daqui a alguns anos eu nem ao menos me dê conta de como o tempo passou e ela se perdeu.
Assim como todos.
Assim como todos aqueles que escreveram algumas páginas ao meu lado e depois por um acaso da vida ou outro, decidiram me deixar.
Não há finais explicados, apenas perguntas lançadas no ar.
Você seria capaz de travar a luta que eu travei, e continuar são?
Eu não acredito mais na minha lucidez.
Delírios inexplicáveis já são rotina...
Não existem pessoas sãs. Todos nós estamos sofrendo a ressaca das informações a nós apresentadas, das ordens impostas, dos amores sofridos, das feridas costuradas...
Dos olhos abertos.
Morte silenciosa.
Se faz presente, embora não se exponha.
Eu quero concertar os erros, mas não há força o suficiente para lutar por todos.
Estrutura gélida, onde um dia se fundou um lar. Uma geração de guerreiros que se empenhou em tentar reconstruir a paz.
Desempenho ilustre, embora em vão.
A força física se esgotou aos poucos, fazendo com que os corpos cedessem...
No entanto a força das palavras se concretiza, e as mesmas se fazem eternas no querer, no viver, no esperar...
Aqui onde sento, a espera de uma luz, já houve muito do que falta.
Já houve muito riso.
Já houve muita paz.
Já houve muita felicidade.
Ao menos máscaras que, aos meus olhos, refletiam perfeitamente essas essências.
Cenário de saudades, de angústia e de nostalgia...
Me despeço com rosas, cujas pétalas demonstram meu amor, e os espinhos meu livramento.

sábado, 5 de maio de 2012

"você é muito mais importante, quem deveria se preocupar é ela."
Essas palavras ainda me doem de mais, afinal, os fatos conspiram para me mostrar que não passaram de mentiras.
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E ele era tão insensível, tão indecifrável, tornava a convivência algo próximo ao impossível...Tudo isso, de alguma forma, acabou fazendo com que, talvez pelo desafio, eu o quisesse cada vez mais...E antes que eu pudesse me dar conta de tal coisa, eu ja estava tomada por inteiro dos pensamentos os quais me faziam querer voltar no tempo. 
Droga, a vida me apresentou um andante tão calculista e manipulador quanto eu. 

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Se você esquece seus sonhos profundos...
Por que não esquecer um dia ruim?
Que tal levantar e começar novamente, em um lugar novo, com um sentimento diferente?
Pois eu posso sentir...A vida esta nos jogando contra o tempo cada vez mais, e neste devido instante, nem tudo parece estar em seu devido lugar.
Há momentos de loucura, em que os pensamentos vão a mil.
Sua imagem vem, em um sonho real, coincidindo com os acontecimentos...E ela me diz "por favor não me deixe partir"...
Mas meu coração, duro como uma roxa, vulnerável como uma pluma, não me permite dizer:
Que eu te vejo em cada centímetro do universo,
Que o vento sussurra seu nome para mim todas as manhãs...
Que qualquer musica...qualquer uma, me faz pensar nos erros que cometi.
Que o que eu mais queria era te abraçar e nunca mais soltar, relembrando as tardes que passamos juntos.


Não existirá, amor como o nosso.
Eu choro meus desgostos, lembrando que nunca mais haverá alguém que me ame tanto, mesmo eu tendo dado todos os motivos do mundo para que isso não fosse possível.
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Escrevi uma história com versos lindos e verdadeiros...
Coloquei tantas vírgulas, tantos pontos...
Coloquei tantas lagrimas, tantos risos....
Escrevi linha por linha, uma a uma achei que nunca terminariam...

Foi uma história para se recordar,
Foi um tempo onde todos os dias eram dias perfeitos para se sorrir...
Fingimos ser fortes por tanto tempo, que nos esquecemos como eram os dias de fraqueza.

Então conte para o mundo, como foi dar uma volta pelo paraíso?
Pronuncie com todas as palavras,
Como foi esquecer que o amanhã ainda iria chegar?

Eu posso ver suas marcas em todos os lugares que olho, e penso se um dia isso deixará de ser um tormento...
Pois a maior de todas as marcas ficou em mim, e no fundo, sei que também em você...

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Lembranças guardadas, todas trancadas com mais chaves do que pude contar...
Uma coisa eu te prometo, ainda reverterei essa situação.
Pois eu caminho em busca da liberdade, e tentarei mais do que meu corpo e minha mente puderem resistir para consegui-la.
Eu não sei como chegamos a esse ponto, mas eu sei que a culpa é minha.
O rumo dos fracos, ladeira a baixo, eu posso observar de longe...Tantos amigos perdidos, tantos olhos que negam o que vêem...
O rumo que tomei, estou prestes a descobrir se valerá cada passo.



Se você não abrir a boca para falar AGORA, talvez mais tarde alguém faça isso.
Talvez não haja próxima vez.