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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Não sou poeta.
Sou apenas mais um cântico da noite.
Mais uma pena que forma a liberdade daquele que voa.
Não sou pessoa.
Não sou pensante.
Sou perdido, sou refém de uma vida que achei por conta própria.
Cansei de chorar a mesma saudade, de cantar vários amores.
Porém não quero uma vida sem palavras, e sem motivos para que venham.
Por mais que o poeta omita, qualquer um que o seja conhece a origem de sua arte.
Amores, paixões, saudades, histórias perdidas.
São fontes inesgotáveis de uma ironia da vida,
que nos dá a dor no peito, e a arte como forma de curá-la.
Poeta cheio de poréns,
De desdéns,
De sem fins.
De desencontros e reencontros com o que sentimos.

Devaneio

E lá estavam...Eu e meus passos de baixo do sol do final de mais uma tarde...- Eu, o tempo, talvez os acasos, ou então o destino.Éramos testemunhas de uma troca de olhares que provavelmente não significou pouco mais que alguns pensamentos delirantes, e poucas noites mal dormidas.
Uma armadilha que eu mesma desarmei, consciente de tal perigo. Mas que trás tanta falta.
Talvez seja meu jeito de andar. Andar por ai sentindo.
Sentindo a falta, o vento, o medo, ou então apenas o frio.
Sentindo a saudade, e o chão embaixo de todos nós.
Aquele leve momento, onde eu não soube decifrar um olhar que antes eu tanto usava como refúgio. Acredite, um dia tua presença em minha vida foi um lar, embora hoje não passe do eco de uma música não tão boa, vinda de longe. Suas palavras em uma noite de insônia foi meu conforto...E logo em outra, foi meu devaneio.
E então, tudo isso girou em um décimo de segundo, ou quem sabe menos. Mas quem se importa? Isso na verdade surge em minha mente todos os dias. Apenas me acostumei com as palavras frias que moram dentro de mim, e assim muitas vezes desfaço de sua presença.
Mas quando por um descuido ou outro, a mende deixa-se levar por um contato tão próximo, vem aquela reviravolta aqui dentro. - Eu o vi, e prossegui meus passos. Prossegui minha vida, como cada dia mais. Matei e queimei os vestígios daquilo que me atormenta. Passo, passo, passo...

terça-feira, 16 de abril de 2013

Em dois sons revirei meus pensamentos.
Em dois sons construí lembranças,
de um paraíso que eu deixei.
Há sempre um bem maior, naquilo que eu evito sentir.
Faces perdidas na rua, que me trazem conversas inacabadas.
Aquele assunto que a gente deixou pra depois,
jogado ao vento, sem importância.
A voz que me persegue, e aquela que eu busco.
As duas tão distantes, mas cabem dentro de mim.
Apenas mais uma noite abraçando as dúvidas da vida...

domingo, 14 de abril de 2013

 Os dias passam, os nomes circulam, e com o tempo se vão.
O talento jorra, alimentando a visão do desperdício de si...
Valeria a pena largar-se então? Se tão cobiçado por um lado, e ja por outro tao difamado... As faces de uma mesma moeda se fundem em meus pensamentos, e eu apenas busco um porque.
 Se sem saber de um passado tão semelhante, segui os passos dos problemas que hoje refletem em cada parte do meu ser... Então consciente de um futuro eu devo buscar mudar tal caminho? Ou a vida, hora tao má, hora tao justa ou misericordiosa, terá me levado para a correnteza forte e irreversível do destino?
Hoje não temi a dor nem a força das palavras, uma vez que as mesmas não temem ou sequer relutam chegarem ate mim...aproveito-me de sua presença, em particular busco partilhar de tal abundância de serenidade que me invade, ja que conscientizo-me que talvez em um segundo seja o ódio quem me domina. Busco a diferença entre ser um quadro ou um espelho. Uma arte, ou um reflexo.