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terça-feira, 26 de junho de 2012

E naquele momento, pude notar meio ao escuro, um bom pensamento...que a tempos não me abandonava, e eu o evitava constantemente. Mas ao cair da noite, suas forças e sua frequência aumentaram.
Era nítida a falta de algo dentro de mim. Pois a cada palpitar do meu coração, e até mesmo a cada som do meu respirar, era inevitável a aproximação de uma imagem a minha memória.
O tal andante,- gosto deste termo para sugerir seu nome...não descreve, não admite, nem julga. Apenas o põe. - que me marcara tão profundamente, já não fazia presença em meus dias, e por muito menos em minhas noites.
Naquele momento, tão só quanto ao iniciar desta história, nem a brasa fervilhante do meu fumo faria com que a paz me abraçasse.
A fumaça me lembrara novamente aquele que me abriu as portas de uma vida bem vivida...
O cheiro forte se gravou em minha memória como seu perfume,  o gosto amargo do fumo, como seu doce beijo...E o lugar ao meu lado, como sua falta.
Levei algo a boca, um bom vinho, para que atordoasse meus pensamentos.
A noite era fria, o céu apresentava seu melhor show de estrelas, e eu não queria ir para casa novamente.
Mas como se agissem por si só, minhas pernas se moveram e o rumo era meu lar.
Já não havia motivos para permanecer a espera do andante que jamais voltaria a minha procura.
Joguei meu fumo ao gramado, e o resto de meu vinho o acompanhou.
Um longo caminho, admito...que apenas valeria a pena, se eu me perdesse.
Parece estranho, mas todas as vezes que me perco...ele acaba me encontrando.

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