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terça-feira, 19 de outubro de 2010


Não sei bem o que, mas algo me atraia em seu jeito perigoso. Seus olhos escuros - uau. aqueles olhos- pareciam esconter muitas verdades. Mesmo lutando para negar, não havia escolha, ele estava me seduzindo.
Existia uma vóz na minha cabeça que dizia para tomar cuidado, ele poderia me levar a perdição. Ele poderia até ser o próprio demonio, e mesmo assim, eu não resistiria. Tudo o que penso, ultimamente tem tido haver com ele. Nem ao menos consigo dormir sem ver o rosto dele ao feichar os olhos. As vezes passo a acreditar que ele realmente me obeserva, chego até a sentir um calafriu, que só sinto em sua presença.
Não me sumpreenderia se um dia o encontrasse me vigiando, pensava. Afinal, tinha quase certeza de que ele sentia o mesmo por mim. Eu me sentia certa o suficiente para me jogar em seus braços e saber que ele me seguraria, e me acolheria.
Mas acredite, eu realmente me surpreendi quando o encontrei, bem alí, na porta da frente da minha casa.
Não é tão complicado, apenas saí na rua. E lá estava ele. Não disse nada, não apresentou reação negativa, nenhum indício de constrangimento ao perceber que eu o havia avistado.Ele nem se moveu, por alguns instantes. Subitamente, começou a andar em minha direção, como se tivesse me esperado lá fora a manhã, ou a noite, toda.Como se ele pensasse que eu ja o esperava lá fora, e o convidara para entrar.Minha mãe estava fora, e eu não sabia se me adequaria a idéia de tê-lo sosinho em casa comigo.Mas que escolha eu tinha? Ele já havia entrado em casa, e com a mão, fazia sinal para que eu fosse com ele.O segui, não falamos nada.
Ele se encostou na parede, e então...
-Você deveria ter medo de mim...
-Acredite. Eu tenho.
Ele riu
-Então porque exita em sempre estar perto de mim?
-Ei, é você que sempre acaba me encontrando.
-Só porque você está perto.E as vezes acho que não é coincidência.
-Talvez seja...-Queria questioná-lo, mas era verdade, sempre estavamos por perto um do outro -Aliás, é sim.
-Por que resiste tanto em alguns momentos, mas em outros praticamente se entrega a mim?
O que? eu nunca me entregara a ele, se não em meus pensamentos. Ele estava blefando, pensei.
-É que...Me sinto segura com você.
-Não sou nenhum pouco seguro. Corre perigo perto de mim.Sabe disso, não sabe?
-Não até agora, mas...Agora sei, e continuo te querendo.
-Meu amor-estremeci-, você não faz o menor sentido...
Eu suspirei enquando ele falava, pelo visto, meu desapontamento comigo mesma ficou implícito.
-Você me enche de dúvidas...
-Então somos dois-Disse.
-E quer saber? Acho isso a coisa mais exitante entre nós.- Não consigo nem imaginar uma maneira de descrever como me senti no momento em que ele disse isso. O.K. eu poderia esquecer o mundo um pouco. Não me importava se correria perigo mortal, não me importava se estaria cometendo o pior erro da minha vida. E não me importava em saber que estava blefando totalmente ao dizer tudo o que disse. Eu tinha medo sim. Eu SEMPRE soube que correra perigo...Esquecer tudo isso seria facil..Agora. Mas senti que em breve não estaria mais tão certa assim. Só uma certeza era maior do que o perigo que ele me proporcionava: Eu já não conseguiria viver sem ele.

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