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domingo, 2 de janeiro de 2011

E eu estava perdida. Existiam muitos caminhos, todos me levariam a lugares diferentes, seus destinos eram totalmente incertos...Alguns se cruzavam, outros se evitavam. 
No começo, eu seguia apelas um único, eu andava por ele com um singelo sorriso. Me perguntei mais uma vez como havia chegado ali. Deveria voltar, escolher um ao acaso, pensar a respeito?
Olhava para o céu...As árvores sem suas folhagens interferiam na vista para o céu nublado, que a tão pouco tempo estava claro, limpo e esbanjando alegria.
Para onde foram as flores? - Pensava. A pouco também estavam lá, juro que estavam. Foi por elas que comecei a andar por aquele extenso caminho. As folhas eram verdes e tudo me dizia "vá em frente".
Talvez tivesse virado alguma curva errada, quem sabe. 
O vento frio, cortante, me tocava e senti o arrepio passando por meu corpo. Estava tarde, era hora de decidir por onde ir...O tempo jamais esperaria. Olhei para trás, grande erro. Vi minhas pegadas, meus passos...todos perfeitamente marcados, e o vento e sua sutileza os desmanchava. Uma lágrima ousou surgir em meu rosto. Onde estava aquele sorriso agora?
Provavelmente teria ficado para trás junto a meus passos. Os caminhos a minha frente me confundiam, pensamentos se misturavam, passado e presente se confrontavam, lutando pelo futuro.
Existia algo brincando com a minha cabeça. Levei minhas mãos aos meus olhos, tampando minha visão por um momento.Limpei minhas lágrimas, que nem ao menos deveriam estar ali. 
O medo me invadia, mas eu não queria demonstrar. Ainda que não houvesse absolutamente ninguém por perto.Meu orgulho tentava falar, meu medo, no entanto, era tão grande, que não me deixava o ouvir.
O que mais me intrigava, é que haviam caminhos para que eu corresse, não era necessário passar por aquele sofrimento.Mas todos os caminhos me pareciam perfeitas armadilhas da minha vida. Elas sempre estavam presentes, esperando me descuidar para atacarem.
A noite chegara enfim. Ouvia sons, animais talvez. Ou apenas minha imaginação me assustando.
Não importava. O medo jamais deveria me vencer, sentar e chorar não me faria escolher meu caminho.
Mas então, o que faria?
Talvez o tempo.Mas não há como espera-lo, pois ele está muito a frente de qualquer pensamento que tenho.
Fechei os olhos e segui o caminho, e só descobrirei meu destino quando a coragem vier a mim e me mandar abri-los, ou quando tropeçar cair e estiver indefesa, implorando para voltar...

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