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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

The Dark

E de repente, ele não existia mais. Não haviam mais comentários a seu respeito, e seu nome já não era mais mencionado. Talvez houvessem esquecido - pensava. Ou então, como eu, fingissem tê-lo deletado da memória. Mas a questão em si é: porque ? Se se deram o trabalho de pensar nele, e de se preocupar...Porque esqueceriam?Se nem mesmo a morte, a PRÓPRIA morte consegue apagar memórias...Então porque ?
A sala onde nos reuníamos de repente ficou vazia.
Só ouvia o palpitar do meu coração.Minha mente (enfim) havia se calado.
Minha expressão, mais pálida do que nunca, se fechou. Já não demonstrava nada. Amor, ódio, tristeza, remorso...Nada.Nem mesmo a pessoa mais próxima a mim conseguiria decifrar meu olhar naquele momento.
Com algum esforço, flash's de memória passaram por mim. Entendi então porque a sala estava vazia.Compreendi o motivo de todos terem ô esquecido.
Agora além de pálida, ao tocar minha pele, descobri que também estava fria.
Gelada feito um corpo sem sangue-mas ele estava lá. Meu coração o bombeava e seu som era inquietador e quebrava o silêncio.
Procurei onde me apoiar, agora talvez tudo se ajustasse. Ele nunca existiu. Ele não passou de um desejo. Uma prévia vista da perfeição, há um coração carente em todos os possíveis sentidos.Um refúgio para uma alma condenada, alguém que há fizesse sentir, quem sabe, um pouco menos desajustada.
Minha expressão mudou, agora era visível o medo que tentava se esconder por trás da minha face.
A culpa é toda minha - pensava. É assim que terminaria? Uma fuga para um breve momento nostálgico de
alegria resultada na perda total da sanidade de alguém?
Pasma, não me contive. Uma lágrima percorreu meu rosto pálido.
Estiquei meu braço e minha mão roçou o cadáver estirado a minha frente.
-Perdão. - Tudo o que consegui dizer.
Se todos esqueceram, certamente eu faria o mesmo.Virei-me e segui até a porta da sala. Uma enorme porta de madeira com perfeitas flores brancas. Sei que ele não iria gostar, ele detestava rosas brancas.
Tirei da minha bolsa uma rosa tão vermelha quanto o sangue dos meus dedos que escorria pelos espinhos ao toca-los.
Deixei-a e parti, já com a intenção de esquecer.Fechei os portões.
Nossa historia de terror chegara ao fim.

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