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domingo, 10 de junho de 2012

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Com medo da minha própria sombra, caminho vagarosamente pelo campo aberto, exposto e vulnerável.
Atingido talvez, mais por meus próprios pensamentos do que pelo medo da dor física que uma bala poderia me trazer...
Aliás, se uma bala me trouxesse o fim, seria minha salvação.
Cedo de mais para a felicidade, tarde de mais para o arrependimento.
Vivendo e sendo obrigado a viver apenas o presente.
Meus erros, desavenças, vontades infortúnios, vaidades, ganancias...Tudo abandonado no fundo escuro onde deixei junto deles a minha vida por completo.
Agora eu apenas eu, o som do vendo e a luz do luar.
Aguardando um sinal de vida, um indício de esperança, ou então, de paz.
O alarme soou, quebrando as palavras do vento, fazendo com que se calasse no mesmo instante.
Eles estão perto, e fazem questão de anunciar sua chegada.
A guerra é assim. O sangue frio sobrepondo o sangue quente que, derramado, se resfria ao tocar o chão.
E eu não terei para onde ir, permaneço deste campo aberto...Até minha própria sombra me abandonara, se torna minha inimiga, afinal, ou me abandona ou me denuncia.
Um ultimo som, que traiçoeiro dança com o vento chegando, frio, representando o verdadeiro som da morte...e tudo agora parece mais claro.
Rumo ao céu ou inferno merecidos, terei a eternidade para pensar, em por que exatamente me deixei ir tão longe, e me perder onde meus pés descansaram...

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